03/03/2016
Essas pessoas são os líderes, que por estarem nessa posição, devem possuir algumas características e buscar a melhor condição para o bom andamento de toda a equipe. Nesse sentido, a melhor solução para o sucesso na liderança e na gestão de pessoas é criar mecanismos para saber detalhadamente com o que se está lidando, onde estão as dificuldades, o que as pessoas estão pensando, como a liderança está sendo vista e percebida pelos colaboradores.
Então, podemos concluir que o melhor gestor é aquele que consegue ter visão e enxergar o ambiente organizacional e é capaz de ouvir especialmente quando não se está sendo dito nada (este ver e ouvir podem ser do mercado, dos clientes, do líder, parceiros e principalmente, os colaboradores e a equipe). Se diferenciar, portanto, é VER e OUVIR o que poucos conseguem ou, no mínimo, fazê-lo antes da maioria.
É consenso nas grandes corporações que seus líderes precisem saber ouvir. Por isso mesmo, parece irônico que essa habilidade muitas vezes seja deixada em segundo plano por quem assume a responsabilidade de conduzir equipes. Pesquisas na área de gestão de pessoas mostram que, quanto mais alta a posição de um gestor na hierarquia, mais rarefeita é a capacidade dele parar para ouvir outras pessoas, sejam colaboradores, clientes ou terceiros.
Os especialistas apontam os mais variados motivos para que os chefes não escutem. A principal causa gira em torno do poder. Um estudo de duas universidades norte americanas – Lehigh University e Duke University – afirma que quanto mais poder um indivíduo tem no ambiente de trabalho, menor a probabilidade de tomar conselhos de outras pessoas.
A consultora de carreira Michele Carvalho Gelinski, da Chess Human Resources, explica que um líder que ouve acaba tendo a capacidade de reter pessoas. “Na maioria das vezes, os funcionários saem das empresas por causa do líder e não da empresa em si. Acaba sendo algo muito mais pessoal”, diz.
A gerente de consultoria de recrutamento da Michael Page, Patrícia Tourinho, ressalta que a habilidade de ouvir “são os olhos do gestor”. “Um time que não se sente ouvido vira uma bomba relógio, o gestor corre o risco de não suprir as expectativas”, reforça.